terça-feira, 2 de abril de 2013


Preferível fechar os lábios a pronunciar palavras que aumentariam o desapego, ouvir e pensar bem, preferível pecar pouco e falar apenas o necessário pra ter o que se tem.

Pessoas que exigem demais enxergam de menos, percebem mesmo o que querem ou o que a elas competem e as fazem felizes, essas pessoas que jogam no ar ameaças forjadas de conversas sensatas e humanizadas não percebem o mal que criam, o pavor imposto pelas chantagelas que baixinho se sonorizam.

Pessoas essas que inconscientemente enxergam apenas sua trajetória e seus antigos sofrimentos, pessoas que necessitam de um eu concreto, mas não vêem outros como pessoas individuais de características únicas, imaginam que seus desejos e vontades, que seus pensamentos e visões sejam espelháveis e que pessoas suguem o ego imposto.

Pessoas se modificam sim, mas em vista dos acontecimentos, pessoas não são perfeitas, e nem tendem a ser videntes, porem buscam a perfeição quando isso significa concretizar seus reais sonhos.

Pessoas são únicas, imutáveis em suas características, porem moldáveis ao tempo.

O que pessoas não são é de ferro, exigir sem enxergar o exigido é fácil e extremamente conveniente, olhar pra dentro de si e exigir em silencio, desejar atitudes suas nos outros não são questões de discussão, são desejos, imaginar se com alguém igual a você não seria agradável ao futuro, tratamento e nem faria bem ao sentimento.

Escrevo isso por que necessito desabafar, essas idéias prováveis inundações de indignação passageiras, que talvez, pensadas melhor tomem rumos extremamente diferentes, saem assim nesse tempo de bobagens. Falo aqui, pois não acho de bom tom soltar a sete ventos o que não se tem certeza e o que nem você mesma acharia bom.

Escrevo isso, pois sou diferente, tenho pensamentos diferentes, me comporto diferentemente, e acho que não me encaixo nesse mundo de relações malucas, simples me tornei, sofrida e desligada fui moldada, a base de tapas na cara e sinceridades mentirosas no olhar, amar pra mim não é fácil, porem quando amo não acho que seja algo difícil, não dificulto nem saboto vendo o mundo destorcido a minha frente, nem enxergar um futuro é fácil pra mim, mas vejo, e vendo compreendo um caminho complicado cheio de entraves e barrancos, sabotagens da parte que deveria ser aliada, não digo que não quero ouvir, sou feita de conhecimento, não digo que não quero passar por entraves e situações difíceis, tudo fácil demais há de se desconfiar, o que penso mesmo é apenas no rumo que as coisas sempre tendem a levar, o contra fluxo de um amor tão grande sentido por mim, mas que às vezes se perde no meio de tantas controversas.

Me perco num tempo onde deveria ser guiada na contrapartida de ensinada, o pouco que vivi, errei ou que fui magoada me ensinou o que não devo fazer com corações que fora partidos, me ensinou a valorizar quem eu amor e quero perto, a ver se algo é real ou mera brincadeira de certo e incerto, sou criança amarrotada, barroca e ensinada, sei truques com bolinhas e varetas, seis dançar no envolto de silhuetas, porem não sei viver de desilusão nem tão pouco ameaças de términos de paixão, pisar em pedras é complicado tenho pele sensível sempre saio machucado.

Estou perdida em um mundo totalmente assoberbado de futuros e planejamentos e desordem, enquanto quero estabilidade à preocupação é desestabilizar, quero tudo, uma vida um futuro com uma louca massarocada das idéias, me dispo a olhos pejorativos ao ponto de não haver mais vergonhas ou medos, me dispo e a única coisa que sobra é um mando de intenso amor e bem querer.

Escrevo na base do compasso, com riscos eu faço, nos traços, desenhos de um amor que sempre a de ser confundido nas palavras e gestos, sem saber se de fato essa agonia de quero, verdade, mas só que, sejam sinceros e desmantele meus mais puros sentimentos, que vaporize no ar pra ser levado e dissipado meus sonhos de futuro, meu ar de certeza, meu amor diretriz de clareza.

Tremenda enrascada essa de me confundir e de recuar pra não machucar quem não esquece nada, jamais, tremenda essa enrascada de deixar razões minhas pelo amor que me faz flutuar, ser o galo mais fraco na rinha, um Leão acuado no espaço desdenhado a chorar.